Fui conferir a Mobile Art by Zaha Hadid para Chanel, instalada no Central Park. O edifício-exposição é intinerante e chega a NYC depois de passar por Hong Kong e Tóquio. A experiência é ímpar e vale mesmo esperar no frio para entrar. Trata-se de uma estrutura de 700 m2 de superfície, desmontável, com o objetivo de ser transportada em 51 containers por 3 continentes. Karl Largefeld escolheu Zaha porque acredita que sua arquitetura é inovadora e poética, com um potencial imaginativo sem tamanho. O Mobile Art é escultórico e sensual e ainda coerente em sua lógica formal: uma série de segmentos de arcos distorcidos numa distribuição a partir de um centro. Ouvi alguém na fila dizer: "é como um intestino que quer ser visto". Ah, os novaiorquinos... No interior tem-se 20 instalações de arte contemporânea inspiradas na famosa bolsa 2.55 da Chanel (aquela com os losangos e correntinhas douradas). A minha favorita mostra reflexos de uma fachada de edifícios de Paris - incluindo o da própria Chanel - sobre a água. O melhor é que na entrada voce recebe mp3's e headphones e é guiado por uma trilha maravilhosa e a narração da atriz francesa Jeanne Moreau, que, num clima bem dominatrix, lhe diz para onde e quando olhar.



